Já faz um tempo, o mundo foi avassalado por uma moda alimentar, que ganhou muitos adeptos aqui no Brasil: a onda do alimento integral. Adivinhem, mais uma vez a tendência da saudabilidade corrompendo as mentes alheias!
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Mas afinal o que é um “alimento integral”? A melhor definição que encontrei foi a exposta pela FEA – UNICAMP: são alimentos que não passaram por nenhum processo de refinação, por isso conservam todos seus componentes originais, incluindo cascas e películas protetoras.
Em termos técnicos: são os alimentos que passam por processamento brando ou seja, seleção, limpeza, remoção de partes não comestíveis, controle, armazenamento. A maior diferença está no processo químico ou mecânico, que os torna “mais facilmente comercializáveis”. Logo são os alimentos que nossos antepassados comiam.
Para explicar a integralidade dos alimentos vamos tomar como exemplo o arroz integral, que é o maior e mais difundido desses alimentos. Ele apresenta, contrário do que muitos pensam, quase TODAS as etapas do processamento do arroz polido (branquinho), mas a diferença mais crucial está na intensidade de uma fase chamada brunição. Trata-se de um equipamento, que através de rolos e aspiração, retira a camada externa e escura do farelo (camada interna da casca). O arroz polido passa por essa etapa duas vezes, para depois ir para o polidor, já no integral retira-se somente a parte mais externa do farelo, deixando o grão ainda “marronzinho”.
Não tem uma legislação brasileira que define quando o alimento é ou não considerado integral, logo várias literaturas envolvem como “alimento integral” aquele que não é amplamente industrializado, uma vertente do alimento natural. Segundo essa premissa você pode fazer um pão com 1% de farinha integral e chamá-lo de PÃO INTEGRAL. Ah, o Brasil e a várzea na legislação dos alimentos... Enfim, para fins educativos, classificarei os alimentos integrais como as versões pouco manipuladas industrialmente. Logo:
Arroz polido, açúcar refinado e farinha de trigo branca = alimentos industrializados
e
Arroz integral (fase da brunição branda), açúcar mascavo (sem adição de substâncias clarificantes e gás sulfídrico) e farinha integral (com farelo e germe) = alimentos integrais.
E não confundir alimento integral com natural, a simples ausência de conservantes, aromatizantes e afins não faz um alimento ser integral... Como muitas literaturas sugerem. Além de nem todo alimento orgânico é integral, nem funcional, nem outras coisas do gênero.
Definido o que são, vamos a parte mais interessante de todas! A química!
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