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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Inutilidade úteis do mundo moderno

Estreando a sessão cultura inútil que se torna útil:



Por que? Bom, minha pessoa desde que entrou no mundo acadêmico – leia-se desde que comecei a estudar - sempre foi chamada de Nerd, CDF e afins, aí eu cresci. Cresci e entrei na faculdade!

Aí vem a pergunta: quando algum descendente de oriental – logo: nerd – entra na faculdade em qual curso vocês esperam que ele entre? Ah, no mínimo uma engenharia, né? Pois bem, comigo não foi bem assim...

Fiz PROUNI e com a minha nota passaria em Medicina na Santa Casa, com bolsa, mas não quis... Eu? Que queria fazer Medicina na UNICAMP ia fazer Santa Casa? Não! Então... Entrei em gastronomia! É... Isso mesmo... Existe curso menos nerd na face do Universo? (Não)

Então sentindo-me absurdamente burra por passar quase dois anos sem sequer pensar para fazer uma prova, ter uma aula, fazendo apenas trabalho braçal e manual resolvi, por um acaso do destino, fazer Iniciação Científica lá, em gastronomia – descobri que havia esse programa na faculdade por causa de um painel que anunciava os cursos e coisas da faucldade, e lá em baixos, em letras miúdas estava ele. O programa de Iniciação Científica da faculdade contava com o espetacular número de UM aluno: eu.

Bem, apesar dos pesares montei o projeto “Análise sensorial de produções gastronômicas baseada no conceito da gastronomia molecular”, bonito título, não? É, eu não acho... Mas enfim, o que importa é que aprendi muito. Aprendi a não fazer uma iniciação científica em uma faculdade particular que não tenha histórico de programas, nunca fazer testes químicos em um laboratório-cozinha de uma faculdade sem estruturas, nunca, mas NUNCA colocar Nitrogênio líquido em garrafas térmicas convencionais e pedir para um motoboy atravessar metade da cidade com elas na moto, depois abrir e descobrir que 70% do líquido já tinha evaporado – além de ficar bem longe da garrafa térmica, é fato, elas explodem. Mas acima de tudo, NUNCA ter um orientador que vai contra todo o seu trabalho, que não acredita nos prazeres da gastronomia, que busca o saudável e quer implantar isso no SEU trabalho, ou seja, a minha orientadora não era da minha área, além de não ter nada a ver com o trabalho. Outro fator muito importante sobre o orientador, é: nunca faça o que ele mandar fazer, principalmente se implicar em carregar uma bandeja de experimentos com Nitrogênio líquido por um quarteirão sob sol de 30ºC.

Anyway, depois disso tudo vamos ao post que reluto escrever desde o início deste blog: A gastronomia molecular do ponto de vista que passou o ano estudando, escreveu um projeto, fez experimentos, foi para um congresso e se... E bom, voltou à origem nipônica fazendo técnico em alimentos (Yey, nunca devia ter saído... SENAI até morrer) e escrevendo um blog sobre o ponto de vista EXATO da coisa toda.

Quem nasceu nerd, morre geek!

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