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domingo, 20 de novembro de 2011

Especial de Natal Gourmetec – Parte 1 de 2011


Está chegando a época mais festiva do ano, com as melhores e maiores festas e ceias. Bem vindos aos preparativos do Natal!

Sim estamos em Novembro e muita gente deve achar que estou me antecipando com isso. Mas para quem está de casa nova e vida nova, nada como começar a pensar nos preparativos da festa mais importante quando o conceito é família.

Só um parênteses: Em nenhum momento deve-se levar em conta a vertente religiosa da festa, até porque não defendo nenhuma das que possuem o natal como festa símbolo, nem alguma que condena o natal dizendo que é blasfêmia e coisas do gênero. A importância da data é mais sentimental do que qualquer outra coisa.



Aqui em casa temos direito a tudo: pisca-pisca na janela, árvore gigantesca, guirlanda e decorações até na mesa do escritório (home e job). Mas principalmente, como é um blog sobre comidas, técnicas e afins, vamos ao que interessa: O que comer no Natal? Tem gente que diz ceia de natal, mas eu particularmente prefiro a simples palavra “refeições” afinal, sempre começamos lá pelas 20h do dia 24 e terminamos dia 25 à noite, ou dia 26.

Sempre sigo a regra, muito bem dita e lembrada por um querido amigo: os melhores sabores estão nos menores pedaços.

Então como primeira dica para um natal muito, mas muito feliz são COOKIES! Todo mundo gosta, são ótimos aperitivos e não há nada melhor do que você fazer em casa, e não comprar aqueles de pacotinho. A receita do All Recipes é de longe a melhor que já fiz e que já comi: o Award Winning Soft Chocolate Chip Cookie
  
E o melhor de tudo é que você pode colocar quanto recheio quiser, do sabor que quiser e ficam todos igualmente bons. Queria colocar um step-by-step, mas essa vida nova faz a gente não ter batedeira ainda! Mas, segue a foto da última fornada feita.







Até os próximos, com menos blá blá blá e mais coisas boas!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ai minhas papilas – Aguentem mais um pouco!

Vamos lá gente, à continuação desta irritante série!

Adivinhem de quem foi a idéia genial de procurar uma substância dessas? Obviamente de um japonês! Em 1908 Kikunae Ikeda, um químico da Universidade Imperial de Tóquio, notou que havia precipitações de cristais marrons após evaporação em algas Kombu (um tipo de alga muito usada para preparações culinárias); os sais de GLUTAMATO. Bem, algumas pessoas não vão entender de primeira quando você falar em glutamato monossódico, experimentem falar em Aji-no-moto – que quer dizer no bom e velho português “a essência do gosto” – a marca que encobriu o nome da substância. Dados de 2003 relatam que a produção mundial de GMS chega a 200mil toneladas, a maioria extraída do melaço da cana.

Assim como a maioria dos compostos existentes neste nosso complexo mundo o GLUTAMATO acontece naturalmente! Vejam bem: GLUTAMATO é diferente de glutamato MONOSSÓDICO! Tanto um como o outro provêm do aminoácido ácido glutâmico, são obtidos pela hidrólise química ou enzimática, promovida pela fermentação bacteriana. A maior diferença entre os dois compostos está no processo que apenas o GMS sofre, a neutralização, que é a adição de uma base – geralmente hidróxido de sódio – para estabilização. Todo o alimento que libere glutamato produz o mesmo efeito de sabor do que aqueles nos quais foram adicionados o GMS industrializado. Acrescente parmesão, é mais legal e dá o mesmo resultado!

Mas, é muito importante ressaltar que este sal não está sozinho não... Existem outros como o Inosinato dissódico e o Guanilato dissódico, todos possuem o mesmo efeito de UMANI – uma nova família de sensações palatáveis estimulada pelo glutamato e gostos picantes.



Ainda não há estudos que comprovem as reações físico-químicas no organismo do glutamato e parentes, portanto se você é uma das poucas pessoas sensíveis a essas substâncias (sabe, as que incham feito balões, tipo eu) não adianta procurar – e confiar – nos rótulos, as indústrias podem ocultar a presença. Ah, como assim, você meu caro se revolta! A adição de glutamato não precisa ser feita diretamente não, com o sal Aji-no-moto. O simples fato de haver um produto com proteína hidrolisada, extrato de levedura, e materiais do gênero – que passaram pelo processo químico de hidrólise – possui GLUTAMATO MONOSSÓDICO, pois este é um produto residual químico. Os produtos fermentados (veja bem, nem todos, alguns podem ter o GMS adicionado e por níveis de tolerância impostos em legislação, não ser listados) NATURALMENTE possuem GLUTAMATO. Logo, assim como as gorduras trans, o glutamato é um monstrinho que nasceu de processos naturais!



Se você, sensível ou não, adepto ou não, a essa substância, espero que tenha gostado do post!

Ai minhas papilas!

Mais uma vez, no modo zumbi... Gente, desculpem a demora com as postagens! Para recompensar, hoje postagem dupla! Um repost do primeiro capítulo sobre GMS e em seguida o final!

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Bem vindos ao fantástico mundo da tecnologia dos alimentos que desta vez, apesar da minha admiração por todo o processo, não posso consumir! Por quê? Não sei! Não faço a mínima idéia, só sei que as conseqüências são muitos ruins. Oh... Mas que alimento fantástico é esse? (se você, meu caro, em algum dia já pensou em o que me faz mal, já que como de tudo, aqui vai uma boa dica)

Então galera esse grande e malvado alimentos chama-se GMS, ou para poucos, Glutamato Monossódico (GMS). Mas não é só a minha pessoa que acha esse alimento coisa do mal – tecnologicamente espetacular, mas... A FDA (Food and Drug Administration) vive um eterno paradoxo sobre a inocuidade ou não deste composto, então qual é a questão? A questão é que existem duas grandes vertentes defendendo essa causa em um ringue bem complexo. Por um lado temos a Organização Nacional (dos Estados Unidos) para Impedir o Glutamato (NOMSG), ela alega que o GMS é responsável por diversas queixas alérgicas – coisas que vão desde o nariz escorrendo até o fechamento da glote, inchaço e paralisia parcial. Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não existe uma PROVA científica disso, apenas que algumas pessoas – é, tipo eu – são sensíveis a essa substância. Do outro lado, na categoria dos pesos pesados, temos os fabricantes de produtos industrializados que alegam que o GMS e sais semelhantes possuem muito valor para seus produtos. Fato é que hoje, muitas empresas não podem deixar de usar o GMS, e aí vocês me perguntam porquê? Bom, simplesmente, porque durante anos ele foi usado indiscriminadamente, pela indústria e pelos restaurantes, então entrou a moda do saudável e do “clean taste” e aí todo mundo ficou nervosinho com o composto.

Enfim, a posição oficial da FDA diz que o GMS e substâncias relacionadas são ingredientes alimentares seguros para a maior parte da população. Mas, como a maior parte da população não significa TODAS as pessoas, ainda há um debate da obrigatoriedade de colocar no rótulo ou não que contém GLUTAMATO e afins – assim como o contém ou não contém glúten.

Vejam bem onde isso tudo começou: em 1968, após uma carta escrita ao jornal New England Journal of Medicine, onde o senhor Robert Ho Man Kwok descreveu uma série de sintomas que sentiu após alimentar-se em um restaurante chinês – daí surgiu o termo para tudo isto: Síndrome do Restaurante Chinês. Dizem que os sintomas como, palpitação, dormência, fraqueza e afins são causados pelo consumo de GMS – acho bem mais provável ter sido uma E. coli ou uma outra bactéria do gênero, mas enfim.

Mas, afinal, o que é o GMS quimicamente? Não perca, no próximo capítulo!

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